Odeio as minhas fotos, tanto que conheci meu marido online e demorei meses para enviar a primeira, só para evitar ter que me colocar na frente de uma câmera. Mas, quando um estranho no México pediu uma foto para mim aceitei na hora. Ele era estudante e naquela época eu fazia fotos de pessoas na rua porque gostava mesmo —curiosamente amo estar detrás da câmera—, então sabia quanto era difícil convencê-las para se deixar fotografar.
Quando ele quis mostrar para mim as fotos eu me recusei a olhar. “Não gosta de você? Porque?”Perguntou ele.
“Você tem que amar-se você mesma” aconselhou-me um fotografo antes de que saira de seu estudo numa outra ocasião. Mas que fique claro: gosto de mim mesma sim! E me amo sim! Apenas não gosto de como fico nas fotos. Aliás, fazer pose sempre foi incômodo para mim, simplesmente não consigo me relaxar, nunca sei para onde olhar nem o que fazer.
Tirar fotos para o blog diante de estranhos não é menos incomodo. E não é que eu tenha medo da eventual opinião de gente que nem conheço, apenas sou tímida, o que aparentemente não faz sentindo nenhum vindo da Venezuela onde o pessoal é bem extrovertido. Nesse sentido parece muito ao Brasil, mas isso tudo é outro tema!
A minha timidez não é o único problema, com os blogs ficando cada vez mais parecidos com as publicações de moda tradicionais, tem também a pressão de luzir “perfeita” em cada foto. Só que meu marido sabe de fotografia o que eu sei de termo física —a nossa câmera também não ajuda— e como já falei, minhas habilidades para posar são nulas, então sem condições, né? Mas tudo bem! Não estou aqui para atuar como super modelo/próxima it-girl nem quero passar uma imagem diferente do que sou na real.
Ainda não superei minha incomodidade frente à câmara, mas vou melhorando! Tento não pensá-lo muito e simplesmente sou eu mesma. É mais fácil de falar do que fazer as vezes, mas já aprendi que realmente, é o único caminho possível!
