Este post faz parte do Design Blogger Competition organizado por CGTrader.
As odaliscas espaciais de Courrèges que desfilaram durante a Primavera/Verão de 1969. Imagem: Henri Cartier-Bresson/Magnum Photos.
A estética robótico-espacial de Courrèges, Cardin, Rabanne e os Jetsons determinaram nossa visão sobre o futuro da moda. Embora a tecnologia e o desenvolvimento de novos materiais invariavelmente influenciarão o jeito em que as nossas roupas são feitas (tomara que em favor de processos mais eficientes e ambientalmente amigáveis), são os nossos ideais e valores os que progresivamente irão mudar o panorama fashion. CGTrader me convidou para dividir a minha opinião sobre o assunto, e quais acredito são as tendências chave para o futuro.
SUSTENTABILIDADE E CONSUMO ÉTICO
Imagem: Fashion Revolution.
A moda é a segunda indústria que mais polue: a fabricação das roupas que vestimos gera toneladas de lixo, afeta quimicamente a qualidade do ar, da água e do solo, assim como a saúde das pessoas envolvidas na cadeia de produção, muitas delas em condições de escravidão. Esta é uma situação verdadeiramente insustentável e fica cada vez mais difícil ignorá-la.
Encontrar soluções criativas e tecnicamente viáveis que, a partir do próprio processo de design reduzam o dano ambiental e tenham um impacto socialmente positivo é o novo desafio dos criadores de moda. O uso de fibras renováveis e eco-eficientes vai se tornar prioridade, e a tortura animal será menos tolerada, e é que, o luxo não é mais ter uma bolsa ou um casaco de pele, e sim a criatividade e autenticidade por trás de cada peça.
INDIVIDUALIDADE
O ícone da moda e a singularidade por excelência: Iris Apfel. Imagem: WWD.
A moda como forma de expressão está mais democrática do que nunca, mais libertadora e menos uniformizante. Perfis pré-estabelecidos de comportamento do consumidor não funcionam mais como antes: somos cidadãos globalizados e ecléticos com paixões e interesses únicos: em vez de seguir cegamente as tendências construimos a nossa própria estética.
Impressoras 3D irão facilitar a participação dos consumidores como co-designers, e a demanda por peças de edição limitada e customizáveis continuará em alta.
MINIMALISMO
Imagem: Pinterest.
Questionamos o sentido de ter e coletar coisas, e até a própria existência e relevância delas. Queremos viver com menos, e, em resposta a isso, o novo design, além de ser cativante deve ter significado e intenção, deve agregar valor às nossas vidas.